domingo, 13 de julho de 2008

18 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)

Hoje o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completa 18 anos. A data é de comemoração mais também de luta, ainda há muito para se conquistar. Por isso, o grupo Vista Boa em Boa Vista participou do cortejo cultural promovido pela Rede de Articulação do Jangurussu e Ancuri (Reajan). A convite do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca) tivemos a oportunidade de conhecer vários grupos de jovens dos bairros vizinhos que também estão preocupados com os seus direitos.

Thaylane Torres e Bruna Paulino

A marcha-cortejo foi emocionante desde o começo com uma grande ciranda na praça da comunidade Santa Maria. Fotografamos tudo com nossas máquinas artesanais e analógicas, a intenção além de produzir registros, foi mostrar o papel afirmativo que a fotografia possui. A pinlux foi uma sensação entre os jovens e muitos convites de oficina surgiram esta manhã, esperamos que eles se concretizem.

"Esta ciranda não é minha só..."


Várias apresentações artísticas e manifestações aconteceram durante o trajeto até a área de lazer Dom Aloisio Lorscheider, na comunidade Santa Filomena (Jangurussu). Com muita música, malabarismo, teatro de rua, capoeira e fotografia os jovens protestaram contra todas as formas de violência que atingem crianças e adolescentes. A marcha chamou a população para cobrar ao conselho tutelar, no Dia Macedo, mais atuação diante dos problemas enfrentados pelas comunidades que compõe a regional VI. A população abriu suas portas para ouvir os cocos, as cirandas, os maracatus e os ijexás que ecoaram nas ruas do bairro. Durante a atividade foram entregues panfletos sobre a atuação do Reajan na luta pelos direitos contidos no ECA.


Camila, Tayllane, Wilton e Bruna

Hoje foi um dia marcante para o Vista Boa em Boa Vista, pois participamos da nossa primeira atividade de rua em conjunto com os movimentos sociais. Infelizmente, apesar dos 18 anos da existência do ECA os direitos à familia, à comunidade, à saúde, à educação e ao lazer não alcançam a grande maioria das crianças e adolescentes. Muitos de nós vivem essa realidade todos os dias, o diferencial está em começar a conhecer a legislação e forma de pressionar as autoridades pelos nosso direitos. Vida longa ao ECA!


Thaylane Torres mergulhou no movimento


Aline dos Santos



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